N ARIANES I* - Nova rubrica no Arcadia
Nas minhas voltas pela blogosfera e inserida nas minhas passagens habituais por blogs da minha preferência deparei-me com uma nova rubrica no Arcadia, a N ARIANES I* sobre cinema.
Um post muito bom sobre o filme “The Island” (A Ilha), o seu autor NCR consegue transmitir a sua, não direi critica mas de certa forma, opinião muito pessoal e pensamentos acerca da mensagem passada pelo filme. Não sou muito de fazer comentários longos em outros blogs mas desta vez não me contive e comentei um pouco mais.
Assim como o fiz no meu comentário aqui também o vou dizer, o post fez-me pensar e rever os termos da sociedade em que vivemos, até colocar a hipótese se não será para esse tipo de sociedade que estamos a caminhar? O sentido de acomodação? O sentido enganoso de acreditar na felicidade dentro de uma sociedade perfeita? Uma vã esperança? A luz no fundo no túnel?
Um dos meus livros preferidos sempre foi o “Brave New World” (Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley, e sobre o qual também tive o prazer de ver o filme, que me foi facultado por um meu ex-professor da Universidade de Maryland.
Também “Brave New World”, embora idealizado há cerca de 76 anos, nos dá a mesma ideia utópica de uma sociedade perfeita, onde a vontade livre fora abolida por meio de um condicionamento metódico, a servidão tornou-se aceitável mediante doses regulares de felicidade quimicamente transmitidas, e onde as ortodoxias e ideologias eram “propagandeadas” em cursos nocturnos ministrados durante o sono, tudo isto para no final se encontrar a liberdade e um vislumbre do que poderia ser a felicidade fora dessa mesma exemplar e perfeita sociedade.
As duas ficções embora diferentes, transmitem a mesma mensagem, e suscitam certas dúvidas, como o diz muito bem Maria C. C. Tenório:
“Haverá um limite para o desenvolvimento humano? Se há qual será ele? Quem vai impor esses limites? O que é cientificamente possível é eticamente viável? Para onde caminha a humanidade? Se a destruição é inevitável o que podemos esperar? Se ela pode ser evitada como isso será possível? Até que ponto o homem é senhor de si mesmo?"
Espero que NCR continue com a sua rubrica.
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