Viagens de METRO
Devido ao factor tempo passei a utilizar o metro como meio de transporte, desligando-me da condução diária, que nos nossos dias se tornou quase absurda, nesta selva em que as avenidas de Lisboa se tornaram.
Estas pequenas jornadas foram, aos poucos e poucos, enchendo-se de monotonia.
Dia após dia, somente consigo vislumbrar tristes olhares, rostos perdidos, pensamentos insondáveis e apesar de fragmentos de sorrisos cúmplices nem um semblante de verdadeira felicidade, nem uma sombra de júbilo.
Apenas meras presenças, meros corpos, almas díspares. Numa multiplicidade de diferenças num mesmo local.
Seremos nós, povo, mesmo assim?
Estaremos mesmo destinados a uma vida de triste fado?
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