quinta-feira, dezembro 22, 2005

Santo Agostinho (2)

"Fui a Cartago, onde me vi no meio de um caldeirão sibilante de lascívia. Deixei-me enlouquecer pela luxúria, que coisas abomináveis fiz: pura depravação, um excesso de prazeres infernais. Desejo carnal como um pântano fervilhante e sexo viril, fazendo brotar em mim neblinas exsudadas..."

Em Confissões de Santo Agostinho.

Será que Santo Agostinho seria mesmo assim? "o mais vil escravo das paixões ímpias" que se entrega à "imundície da libidinosidade, o rio negro da luxúria do inferno", um maníaco sexual? Ou apenas escreveu as suas Confissões, no intuito, de nos fazer crer que assim o era?

terça-feira, dezembro 20, 2005

Gifts


"May no gift be too small to give,
nor too simple to receive,
which is wrapped in thoughtfulness
and tied with love."

De: L. O. Baird

sexta-feira, dezembro 16, 2005

São Tomás de Aquino

Nunca podemos saber o que Deus é, apenas o que Ele não é. Assim, devemos reflectir sobre o modo como Ele não é, em lugar de o fazermos relativamente ao que é.

Em Summa Theologica de São Tomás de Aquino.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Santo Agostinho

Em resposta àqueles que perguntam: "Que fazia Deus antes de criar o Céu e a Terra?", não respondo: "Estava a preparar o Inferno para as pessoas que fazem perguntas incómodas". Isso seria fugir à questão (...)

Em Confissões de Santo Agostinho

Prendas...


Prendas, prendas e mais prendas. Finalmente acabei a minha lista e sinceramente já estava a ficar farta, felizmente o espírito natalício deu uma ajuda. Mas isto das compras é um sufoco, lojas cheias (não sei se de clientes ou meros observadores), imensas pessoas por todo o lado, enfim.

Amor Iuris

“Olhai a negra treva do seu crime
Alvorar, ser a luz, ser a inocência!
Não a antiga inocência de alma verdadeira,
A perfeita inocência, resultante
Da compreensão de tudo – que é o Amor!.”

De Teixeira de Pascoaes em Regresso ao Paraíso (excerto transcrito do livro Amor Iuris)

Mais um livro que eu quase desesperadamente procurava. Finalmente já o consegui adquirir. Os meus agradecimentos ao Pedro Lourenço do Arcádia, que nas suas aventuras pelos “bosques encantados” dos livros :D o conseguiu descobrir, e segundo me parece no meio das raridades.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Babushka

Por vezes nas voltas pelos blogs encontramos cantinhos maravilhosos e foi o que me aconteceu. No A Babushka II facilmente me perdi.
Perdi-me na imensidão de ternura e carinho, envolta em suaves notas musicais, é lindo, uma paixão vibrante, quase que se pode tocar, sentir, um blog de alguém apaixonante.

segunda-feira, dezembro 12, 2005


Lawrence Lessig - Free Culture

Free Culture

Uma linda prenda de natal, adorei.
Free Culture - The Nature and Future of Creativity,
de Lawrence Lessig.
Obrigado ;)

sexta-feira, dezembro 09, 2005

O que se diz...

O J cada vez está pior, agora deu em filósofo e profere elocuções destas:

"Há uns que trabalham no divertimento.
Há outros que se divertem trabalhando.
Eu não faço nenhuma das duas.
Divirto-me no divertimento."

O que se responde a isto?

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Simplesmente Perfeito...

"Dearest Susan,
I love you.
Without wax, David."

Em Digital Fortress, Dan Brown

terça-feira, dezembro 06, 2005

Uma página em branco...

"Abro-os numa página
Uma página ao acaso
Lá dentro os teus olhos
Vão olhar-me de frente
Uma página adiante
Ou duas para trás
(...)
Uma página em branco
(...)"

Em: OS LIVROS de Bernardo Pinto de Almeida

Christmas From The Heart

"I heard your voice in the wind today
and I turned to see your face;
The warmth of the wind caressed me
as I stood silently in place.

I felt your touch in the sun today
as its warmth filled the sky;
I closed my eyes for your embrace
and my spirit soared high.

I saw your eyes in the window pane
as I watched the falling rain;
It seemed as each raindrop fell
it quietly said your name.

I held you close in my heart today
it made me feel complete;
You may have died...but you are not gone
you will always be a part of me.

As long as the sun shines...
the wind blows...
the rain falls...
You will live on inside of me forever
for that is all my heart knows."

De: Judy Burnette

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Réalité

"Je sais que je tombe dans l'inexplicable,
quand j'affirme que la réalité
-cette notion si flottante-,
la connaissance la plus exacte possible des êtres
est notre point de contact, et notre voie
d'accès aux choses qui dépassent la réalité."

Marguerite Yourcenar

segunda-feira, novembro 28, 2005

Lá fora...

Olhei, através do vidro.
Lá fora, folhas voavam,
Entrelaçadas nas gotas da chuva.
E as que restavam ainda no tronco das árvores,
Brilhavam como se pedras preciosas fossem.
A chuva não parava.
Apenas o passar dos minutos
Fazia com que os ponteiros do relógio andassem.
E eu esperava…
Esperava, apenas, que o tempo passasse.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Undercover

"Uma cobertura é sempre necessária. Em esconder reside grande parte da nossa força. Por isso devemos sempre esconder-nos sob o nome de outra sociedade."

(Die neuesten Arbeiten des Spartacus und Philo in dem Illuminaten-Orden, 1794, p. 143)

quinta-feira, novembro 10, 2005

Olhares

E nas trocas de olhares denota-se o sentimento de outros tempos, agora estilhaçado. Dos bons passeios, das boas conversas, das boas refeições restam apenas memórias. Memórias felizes, essas.

quinta-feira, julho 14, 2005


Angel

The Rasmus - "In The Shadows"

No sleep
No sleep until I am done with finding the answer
Won't stop
Won't stop before I find a cure for this cancer
Sometimes
I feel I going down and so disconnected
Somehow
I know that I am haunted to be wanted

I've been watching
I've been waiting
In the shadows all my time
I've been searching
I've been living
For tomorrows all my life

In the shadows

In the shadows

They say
That i must learn to kill before i can feel safe
But I
I'd rather kill myself than turn into their slave
Sometimes
I feel that I should go and play with the thunder
Somehow
I just don't wanna stay and wait for a wonder

I've been watching
I've been waiting
In the shadows all my time
I've been searching
I've been living
For tomorrows all my life

Lately I been walking walking in circles, watching waiting for something
Feel me touch me heal me, come take me higher

I've been watching
I've been waiting
In the shadows all my time
I've been searching
I've been living
For tomorrows all my life

I've been watching
I've been waiting
I've been searching
I've been living for tomorrows

In the shadows

In the shadows
I've been waiting


Escul Posted by Picasa

quarta-feira, julho 13, 2005

Solitary Dreaming

Just another day,
Dragged broken on the floor,
Wishing, dreaming, wanting,
To walk through eternity’s door.
Same tired eyes,
Cracked fake smile,
Consumed in the dark,
Hidden silent cries.
Same taken steps,
From place to place,
Chores all finished,
Clear away the trace.
Hands both lifted,
Working with the pain,
Body inside shifted,
Drinking up the rain.
Shattered heart crying,
Crimson-blooded tears,
All held inside,many fears.
Solitary dreaming,
Lost in a faded place,
Feels so pointless,
Running an endless race.
Open wrists crying,
Bleeding pouring sin,
It’s a release,
Pain flooding from within.
Solitary dreaming,
All over now,
She has faded away,
Now you know how.

by: Broken Dreams

sexta-feira, junho 24, 2005

Fogos

Quase apetece dizer: ALELUIA. Após a falta e ineficácia dos meios no combate aos fogos, um privado resolveu doar materiais, equipamentos e serviços de telecomunicações. Assim, através deste projecto, Leiria e Castelo Branco irão beneficiar desta doação feita pela Fundação Vodafone Portugal, o que irá permitir uma melhor eficácia na prevenção, detecção e extinção de incêndios florestais nestes dois distritos.

terça-feira, junho 07, 2005


A Mermaid - John William Waterhouse painting Posted by Hello

Mermaid

"Mermaid Song

she cries into the night
a mournful hollow melody
filling the air with echoes
of a once joyful heart

she sings an unknown language
as she combs her hair of grass
tears fall from her eyes in salt drops
mingling with the ocean's churning froth

once she was a young beauty
graced with life and laughter
now she can only sing a siren song
a sad tune, destined to lure unwary sailors
to their doom, as they drown in her careless smile

her heart was broken
in a selfish gesture
by a lover, so untrue
now her unmerciful soul
will lead no-one home

her death in life so real
she lives not, yet she breathes
called to the sea, to drown her tears
she marks not each day, tho each passes so quickly
she sought the peace of the waves
now it's hers
tho not in death
but life again, sheathed in a scaly skin

no respite for travel weary sailor
can be found upon her shores
for she has no heart left
death inside her, reigns strong and free

she slips among the waves and sea creatures
in silent recognition
tho none speak of her
to speak her name would be death
she acknowledges no creature in her sadness
only the sea weary sailors
lulling them to their eternal sleep
as they drown in her melodic voice

each rise of the sun
day so new, she stares into the blue horizon
as she sits upon weathered stone
amidst the crashing waves and sandy beach
screaming gulls fly overhead
as undrying tears fall into a river of grief
flowing so fast and free
to spread into the sea

in a song of mournful sorrow she waits for the someone
the one she has seen in her dreams
the one who will show her true love again
and free her from this life of death "

By: Angel

terça-feira, maio 31, 2005

10%

Sempre ouvi dizer que "mais vale 10% de tudo do que 100% de nada". E cheguei à conclusão que é mesmo assim...

quarta-feira, maio 25, 2005

Chegou :)

O carteiro toca sempre duas vezes. Finalmente chegou, o tão esperado livro...

quinta-feira, maio 19, 2005

Luís Ene - Mil e uma pequenas histórias

Numa das minhas visitas à livraria (do costume) para saber as novidades, deparei com o livro "Mil e uma pequenas histórias" do Luís Ene.
Por curiosidade decidi adquiri-lo, gostava da capa e da encadernação, já era um bom sinal, mas como caberiam tantas histórias num livro tão pequeno?
Para ser sincera, assim que abri e folheei o livro foi uma desilusão. Tanta coisa para umas simples linhas escritas no final de cada página. Mas lá me decidi a começar a ler. E foi então que tive a maior das surpresas, a cada conto que lia, conseguia ficcionar personagens, locais, e perguntava-me como era isto possivel em três ou quatro linhas. Resumindo, li o livro todo de seguida e adorei. Histórias de todo o tipo, que conseguem concentrar uma imaginação sem fim. Valeu a pena.
Uma boa proposta que pode ser adquirida aqui, para uns bons e agradáveis momentos de leitura.

quinta-feira, maio 12, 2005

O medo e a tentação

Acredito que se um homem vivesse a sua vida plenamente, desse forma a cada sentimento, expessão a cada pensamento, realidade a cada sonho, acredito que o mundo beneficiaria de um novo impulso de energia tão intenso que esqueceríamos todas as doenças da época medieval e regressaríamos ao ideal helénico, possivelmente até a algo mais depurado e mais rico do que o ideal helénico.
Mas o mais corajoso homem entre nós tem medo de si próprio.
A mutilação do selvagem sobrevive tragicamente na autonegação que nos corrompe a vida. Somos castigados pelas nossas renúncias. Cada impulso que tentamos estrangular germina no cérebro e envenena-nos.
O corpo peca uma vez, e acaba com o pecado, porque a acção é um modo de expurgação. Nada mais permanece do que a lembrança de um prazer, ou o luxo de um remorso.
A única maneira de nos livrarmos de uma tentação é cedermos-lhe.
Se lhe resistirmos, a nossa alma adoece com o anseio das coisas que se proibiu, com o desejo daquilo que as suas monstruosas leis tornaram monstruoso e ilegal.
Já se disse que os grandes acontecimentos do mundo ocorrem no cérebro. É também no cérebro, e apenas neste, que ocorrem os grandes pecados do mundo.
Oscar Wilde, in "O Retrato de Dorian Gray"

Chuva

É tão bom estar deitada a ouvir a chuva lá fora.
E depois ao levantar ver o sol a despontar por entre as nuvens.
:)

quarta-feira, maio 11, 2005

Arrogância VS Humildade

Há pessoas que partem, desde logo, do principio que são mais inteligentes do que os outros, ou então, que os outros são ignorantes.
E para cúmulo dizem-no de “boca cheia”.
Calma… os outros também lêem jornais (inclusive económicos), revistas, frequentam bibliotecas e inteiram-se tanto de novas como de antigas edições nas livrarias, a maioria já terá acesso à Internet e a informação, hoje em dia, já é bastante acessível para quem se interesse ou tenha curiosidade sobre certos temas.
Agora… quando se está a falar publicamente a partir do princípio que se é dono da sabedoria única, não é nada de se louvar, apenas demonstra uma arrogância desmedida em se querer sobrepor.
Tenha-se um pouco de humildade.
A modéstia fica sempre bem.

Presenças

A presença foi notada.
Foi a bofetada (de “luva branca”) mais elegante e politicamente correcta que alguma vez presenciei.

Nervosismo

O nervosismo faz coisas terriveis:
- O estar e não estar.
- O enrubescer fácil.
- O tremor incontrolável.
- O tropeçar das palavras.
Para chegar a que conclusão?
Convenceu ou eles adormeceram?

domingo, maio 08, 2005

Incertezas da personalidade

Ele pensava que tinha uma personalidade forte e as suas palavras primavam pelos valores da amizade, mas lamentava.
Lamentava que, por vezes, sentia que não se importavam com ele ou com o que ele pensava. Isto acontecia quando não era convidado para certos convívios sociais.
Passados uns tempos concretizou aquilo que desejava, começou a participar neles e foi a partir daí que aconteceu a coisa mais estranha.
Tudo aquilo que, anteriormente, ele não gostava que lhe fizessem, fazia agora aos outros, áqueles que sempre o apoiaram e sempre estiveram lá quando ele precisou.
Pelos vistos, os seus valores não estavam assim tão acima como queria fazer crer.

sexta-feira, maio 06, 2005

Um amigo

Tenho um amigo que quase todos os dias me surpreende com histórias sobre os seus filhos. Digo surpreende porque após ler diariamente sobre crianças maltratadas vem esta "santa alma" (por vezes até soft demais) falar sobre os seus com tanto amor. Transmitindo até uma sensação de bem estar e alegria que me trespassa o coração. É bom saber que, ainda há lares em que as crianças vivem com alegria e amor, pena é que os bons exemplos, muitas das vezes, não são seguidos.

terça-feira, maio 03, 2005

Mais um dia...

Mais um dia e tudo na mesma, as mesmas caras, os mesmos sitios, as mesmas conversas. Que aborrecimento. :(

PS: Boa sorte Papoila. Força, se não der e como dizem "os outros" bate em todos.

segunda-feira, maio 02, 2005

Sonnet XVIII

"Shall I compare thee to a summer's day?
Thou art more lovely and more temperate.
Rough winds do shake the darling buds of May,
And Summer's lease hath all too short a date:
Sometimes too hot the eye of heaven shines,
And often is his gold complexion dimm'd;
And every fair from fair some time declines,
By chance, or nature's changing course, untrimm'd;
But thy eternal summer shall not fade
Nor lose possession of that fair thou ow'st;
Nor shall Death brag thou wander'st in his shade,
When in eternal lines to time thou grow'st.
So long as men can breathe, or eyes can see,
So long lives this, and this gives life to thee."

By: Shakespeare, in Complete Works

quinta-feira, abril 28, 2005

Culpa

Com culpa, sem culpa
Pede desculpa.
Ser desculpável, não ser desculpável.
Culpa, culpa, culpa...
ARRGGGHHHHHHHH...

quarta-feira, abril 27, 2005

Micro-contos

Durante o mês de Maio haverá lugar a um concurso de micro-contos Mário Henrique Leiria.
Mais uma boa iniciativa para quem tem gosto pela escrita, e uma boa aposta para divulgar os talentos que andam espalhados pela blogosfera lusófona.
Inscrevam-se e participem.
As informações sobre o concurso e o seu regulamento encontram-se em leituras com net.

Um momento

O seu ar compenetrado revelava a absorção das palavras ali ditas.
Parava, por vezes, para rabiscar no seu caderno.
E, novamente, se voltava a ver na sua face aquele olhar atento.

PS: simplesmente um momento verde :)

terça-feira, abril 19, 2005

Sonnet CXXX

"My Mistress' eyes are nothing like the sun;
Coral is far more red than her lips' red;
If snow be white, why then her breasts are dun;
If hairs be wires, black wires grow on her head.
I have seen roses damasked, red and white,
But no such roses see I in her cheeks;
And in some perfumes is there more delight
Than in the breath that from my mistress reeks.
I love to hear her speak, yet well I know
That music hath a far more pleasing sound;
I grant I never saw a goddess go;
My mistress, when she walks, treads on the ground:
And yet, by heaven, I think my love as rare
As any she belied with false compare"
De W. Shakespeare
W.S. consegue, neste pequeno soneto, deitar por terra toda a linha poética feita até então, e que mesmo nos dias de hoje se faz, em que é usada a comparação entre a beleza mulher e tudo o que de mais belo há na natureza. Faz, como que, ironicamente, uma crítica às descrições convencionais da beleza feminina, admitindo, por sua vez, que, embora, a beleza da sua "amada" seja menos explêndida e mais natural, a ama e que a sua beleza é tão rara como a de qualquer outra mulher que é falsamente supra-elogiada.

quinta-feira, abril 14, 2005

Amo-te Em 100 línguas diferentes :)

Africano - Ek het jou lief
Albanês - Te dua
Árabe - Ana behibak (para homem) Árabe - Ana behibek (para mulher)
Armenia - Yes kez sirumen
Bambara - M'bi fe
Bangla - Aamee tuma ke bhalo aashi
Belarusian - Ya tabe kahayu
Bisaya - Nahigugma ako kanimo
Búlgaro - Obicham te
Camboja - Soro lahn nhee ah
Chinês Cantonese - Ngo oiy ney a
Catalao - T'estimo
Cheyenne - Ne mohotatse
Chichewa - Ndimakukonda
Corsican - Ti tengu caru (para homem)
Creol - Mi aime jou
Croacia - Volim te
Czech - Miluji te
Dinamarquês - Jeg Elsker Dig
Holandês - Ik hou van jo
Inglês - I love you
Esperanto - Mi amas vin
Estonia - Ma armastan sind
Etiópia - Afgreki'
Faroese - Eg elski teg
Farsi - Doset daram
Filipino - Mahal kita
Finnish - Mina rakastan sinua
Francês - Je t'aime, Je t'adore
Gaelic - Ta gra agam ort
Georgian - Mikvarhar
Alemão - Ich liebe dich
Grego - S'agapo
Gujarati - Hoo thunay prem karoo choo
Hiligaynon - Palangga ko ikaw
Havaiano - Aloha wau ia oi
Ebreu - Ani ohev otah (para mulher) Ebreu- Ani ohev et otha (para homem)
Hiligaynon - Guina higugma ko ikaw
India - Hum Tumhe Pyar Karte hae
Hmong - Kuv hlub koj
Hopi - Nu' umi unangwa'ta
Hungria - Szeretlek
Icelandic - Eg elska tig
Ilonggo - Palangga ko ikaw
Indonesia - Saya cinta padamu
Inuit - Negligevapse
Irish - Taim i' ngra leat
Italiano - Ti amo
Japonês - Aishiteru ; watashiwa anata o aishite imasu
Kannada - Naanu ninna preetisuttene
Kapampangan - Kaluguran daka
Kiswahili - Nakupenda
Konkani - Tu magel moga cho
Coreano - Sarang Heyo
Latino - Te amo
Latvian - Es tevi miilu
Libanés - Bahibak
Lituano - Tave myliu
Malay - Saya cintakan mu / Aku cinta padamu
Malayalam - Njan Ninne Premikunnu
Chinês Do Mandarin - Wo ai ni
Marathi - Me tula prem karto
Mohawk - Kanbhik
Moroccan - Ana moajaba bik
Nahuatl - Ni mits neki
Navaho - Ayor anosh'ni
Norueguês - Jeg Elsker Deg
Pandacan - Syota na kita!!
Pangasinan - Inaru Taka
Papiamento - Mi ta stimabo
Persa - Doo-set daaram
Pig Latin - Iay ovlay ouyay
Polish - Kocham Ciebie
Português - Amo-te
Romenia - Te ubesk
Russo - Ya tebya liubliu
Scot Gaelic - Tha gra\dh agam ort
Serbian - Volim te
Setswana - Ke a go rata
Sindhi - Maa tokhe pyar kendo ahyan
Sioux - Techihhila
Slovak - Lu`bim ta
Sloveno - Ljubim te
Espanhol - Te quiero / Te amo
Swahili - Ninapenda wewe
Sueco - Jag alskar dig
Alemão / Suisso- Ich lieb Di
Tagalog - Mahal kita
Taiwanese - Wa ga ei li
Tahitiano - Ua Here Vau Ia Oe
Tamil - Nan unnai kathalikaraen
Telugu - Nenu ninnu premistunnanu
Thai - Chan rak khun (para mulher) Thai - Phom rak khun (para homem)
Turquia - Seni Seviyorum
Ukraniano - Ya tebe kahayu
Urdu - mai aap say pyaar karta hoo
Vietnamita - Anh ye^u em (para mulher) Vietnamita - Em ye^u anh (para homem)
Welsh - 'Rwy'n dy garu
Yiddish - Ikh hob dikh
Yoruba - Mo ni fe

quarta-feira, abril 13, 2005

"As sofridas amoras
dos valados
os fogosos espinhos
que coroam os cardos

Saltam ao caminho
a sangrar-me a veia
do poema. "

De Luiza Neto, em A Lume

"Abre esse livro, lê outra vez o poema
que tantas vezes leste:
como tu, não é o que foi ontem,
o que perdeste há meses.

A letra que gravou a pulsação
que sustenta essa página
pede que a humanes e ressurjas
com teu sangue a palavra."

José Bento, em Alguns Motetos

segunda-feira, abril 11, 2005

in "Hard Times"

"The scene was a plain, bare, monotonous vault of a schoolroom, and the speaker's square forefinger emphasised his observations by underscoring every sentence with a line on the schoolmaster's sleeve. The emphasis was helped by the speaker's square wall of a forehead, which had his eyebrows for its base, while his eyes found commodious cellarage in two dark caves, over-shadowed by the wall.
The emphasis was helped by the speaker's mouth, which was wide, thin, and hard set. The emphasis was helped by the speaker's voice, which was inflexible, dry, and dictatorial. The emphasis was helped by the speaker's hair, which bristled on the skirts of his bald head, a plantation of firs to keep the wind from its shining surface, all covered with knobs, like the crust of a plum pie, as if the head had scarcely warehouse-room for the hard facts stored inside. The speaker's obstinate carriage, square coat, square legs, square shoulders - nay, his very neckcloth, trained to take him by the throat with an unaccommodating grasp, like a stubborn fact, as it was - all helped the emphasis."
by Charles Dickens

segunda-feira, abril 04, 2005


Tear Posted by Hello

E o Blog?

Estou triste, um dos meus blogs favoritos desapareceu. Melhor, saiu do ar. Espero que o seu autor o continue ou recomeçe de novo, mesmo em outro servidor. Vou sentir a falta das visitas diárias que lhe fazia e dos posts que por vezes lia repetidamente. :(

sábado, abril 02, 2005


Regina cæli lætare, Alleluia:
Quia quem meruisti portare, Alleluia:
Resurrexit sicut dixit, Allelluia:
Ora pro nobis Deum, Alleluia
[Pope Gregory V, +998]
Posted by Hello

SALVE, Regina

SALVE, Regina, mater misericordiae;
vita, dulcedo et spes nostra, salve.

Ad te clamamus exsules filii Hevae.
Ad te suspiramus gementes et flentesin hac lacrimarum valle.

Eia ergo, advocata nostra, illos tuos misericordes oculos ad nos converte.
Et Iesum, benedictum fructum ventris tui, nobis post hoc exsilium ostende.

O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria.

V. Ora pro nobis, sancta Dei Genitrix.
R. Ut digni efficamur promissionibus Christi.

Oremus. Omnipotens sempiterne Deus, qui gloriosae Virginis Matris Mariae corpus et animam, ut dignum Filii tui habitaculum effici mereretur, Spiritu Sancto cooperante, praeparasti, da, ut cuius commemoratione laetamur; eius pia intercessione, ab instantibus malis et a morte perpetua liberemur. Per eundem Christum Dominum nostrum.
Amen.

SALVE-RAINHA

SALVE-RAINHA, mãe de misericórdia, vida, doçura, e esperança nossa, salvé.
A vós bradamos, os degradados filhos de Eva;
a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei.
E depois deste desterro nos mostrai Jesus, bendito fruto do vosso ventre.
Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.
- Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amen.

terça-feira, março 29, 2005

Ana Carolina - Quem de nós dois

by versão: Dudu Falcão / Ana Carolina

Eu e você
Não é assim tão complicado
Não é difícil perceber
Quem de nós dois
Vai dizer que é impossível
O amor acontecer
Se eu disser que já nem sinto nada
Que a estrada sem você é mais segura
Eu sei você vai rir da minha cara
Eu já conheço o teu sorriso, leio teu olhar
Teu sorriso é só disfarce
E eu já nem preciso
Sinto dizer
Que amo mesmo,
Tá ruim pra disfarçar
Entre nós dois
Não cabe mais nenhum segredo
Além do que já combinamos
No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos
E quando eu falo que eu já nem quero
A frase fica pelo avesso
Meio na contra-mão
E quando finjo que esqueço
Eu não esqueci nada
E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida
Eu procurei
Qualquer desculpa
Pra não te encarar
Pra não dizer
De novo e sempre a mesma coisa
Falar só por falar
Que eu já não tô nem aí pra essa conversa
Que a história de nós dois não me interessa
Se eu tento esconder meias verdades
Você conhece o meu sorriso
Lê no meu olhar
Meu sorriso é só disfarce
Por que eu já nem preciso
E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida

segunda-feira, março 28, 2005

Jean-Jacques Rousseau

"Nenhum homem tem autoridade natural sobre o seu semelhante e, uma vez que a força não produz nenhum direito, restam as convenções como base legítima de toda autoridade entre os homens."

domingo, março 27, 2005

quinta-feira, março 24, 2005

filename: Vingança tremenda vingança

"-Vemo-nos no domingo?
-Não, tenho o week-end marcado com um amigo...
-Uma amiga, queres tu dizer.
-Não, um amigo, tu conhece-lo, é aquele que estava no bar comigo na semana passada. Prometi-lhe, não vais querer com certeza que volte com a palavra atrás?
-Não voltes com a tua palavra atrás, mas não venhas fazer-me... Por favor, tenho de receber um autor.
-Um génio para lançar?
-Um miserável para destruir.
Um miserável para destruir."
U.E.

terça-feira, março 22, 2005

Antes da Morte

Sentiu um calafrio, como uma premonição do que a esperava. Algo estava errado.
Seguia pela rua.
A neblina cobria tudo à sua volta. O silêncio imperava e sombras vagueavam perdidas. O cheiro da morte rondava no ar
Nessa noite o seu semblante estava sombrio, os seus pensamentos agravados pela possibilidade da perseguição.
Sim, ela seguia-a, podia sentir a sua presença e até, por vezes, vislumbrar o reflexo momentâneo da sua foice.
Corria, agora.
A sua respiração ofegante ressoava e o mero ruído sobressaltava o seu coração que batia desassossegadamente. Gotas de suor escorriam pela sua face.
Chegou à porta e desesperadamente tentava achar a chave no mundo que era a sua mala.
Ouvia os seus passos cada vez mais perto.
Achou, abriu, entrou, fechou.
Finalmente, a segurança, o seu canto.
Bateram à porta.
Sobressalto, perdera o controle das suas mãos e pernas. Tremiam sem parar.
Era ela, estava à sua espera nas suas vestes negras.
Não havia outro caminho…

terça-feira, março 15, 2005

Memórias

Sábado à noite, um jantar, Cascais, e o prazer de boa companhia.
Uns copos, boa música.
O reaviver de velhas memórias.

Foreigner - Urgent

"You're not shy, you get around
You wanna fly, don't want your feet on the ground.
You stay up, you don't come down
You wanna live, you wanna move to the sound.
Got fire, in your veins
Burnin' hot but you don't feel the pain
Your desire, is insame
You can't stop until you do it again.
Sometimes I wonder as I look in your eyes
Maybe you're thinking of some other guy;
But I know
yes, I know, how to treat you right -
That's why you call me in the middle of the night.
You say it's urgent - so urgent
U-u-u-urgent - just you wait and see
How urgent our love can be - it's urgent!
You play tricks on my mind
You're everywhere, but you're so hard to find
You're not warm or sentimental
You're so extreme, you can be so temperamental.
But I'm not looking for a love that will last
I know what I need and I need it fast.
Yeah, there's one thing in common that we both share
That's a need for each other anytime, anywhere.
It gets so urgent - so urgent - you know it's urgent -
I wanna tell you it's the same to me - so-o-o-o urgent!
Just you wait and see how urgent our love can be -
It's urgent!
You say it's urgent - make it fast - make it urgent
Do it quick - do it urgent - gotta rush - make it urgent
Want it quick - make it urgent - urgent emergency
Urgent - urgent emergency
Urgent
urgent
urgent
urgent emergency
..."

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Emoções

Emoções que se entrelaçam no coração.
Emoções numa dicotomia que toca os extremos do bem e do mal.
Que levam a pensamentos extremos;
Que geram um turbilhão de pensamentos.
Que fazem chocar as palavras que teimam em não sair.
Palavras perdidas;
Palavras feias;
Palavras que abrirão feridas;
Palavras que mereciam ser ouvidas.
Mas no fundo palavras reprimidas;
Talvez por respeito por uma "certa amizade"
Talvez, talvez, talvez... um dia as diga.

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Influências...

"Qual a influência oculta que actua através da imprensa, por detrás de todos os movimentos subversivos que nos cercam? Há diversos poderes de acção? Ou há um único Poder, um grupo que dirige todos os outros, o círculo dos Verdadeiros Iniciados?"

N. Webster, Secret Societies and Subversive Movements, p.348

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

A lista

"A lista n.º 5, seis camisolas interiores, seis cuecas e seis lenços, sempre enigmou os estudiosos, principalmente pela total ausência de peúgas."

De: Woody Allen, em Getting even, New York Random House 1966, ed. port.: Para Acabar de Vez com a Cultura, Lisboa, Bertrand, 1980, p. 12.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

O terrorista, ele observa

"A bomba explodirá no bar às treze e vinte.
Agora são apenas treze e dezesseis.
Alguns terão ainda tempo para entrar;
alguns, para sair.
O terrorista já está do outro lado da rua.
A distância o protege de qualquer perigo.
E, bom, é como assistir a um filme.
Uma mulher de casaco amarelo, ela entra.
Um homem de óculos escuros, ele sai.
Jovens de jeans, eles conversam
Treze e dezessete e quatro segundos.
Aquele mais baixo, ele se salvou, sai de lambreta.
E aquele mais alto, ele entra.
Treze e dezessete e quarenta segundos.
A moça ali, ela tem uma fita verde no cabelo.
Mas o ônibus a encobre de repente.
Treze e dezoito.
A moça sumiu.
Era tola o bastante para entrar, ou não?
Saberemos quando retirarem os corpos.
Treze e dezenove.
Ninguém mais parece entrar.
Um careca obeso, no entanto, está saindo.
Procura algo nos bolsos e
às treze e dezenove e cinqüenta segundos
ele volta para pegar suas malditas luvas.
São treze e vinte.
O tempo, como se arrasta.
É agora.
Ainda não.
Sim, agora.
A bomba,
ela explode."

De: Wislawa Azymborska

[traduzido por Nelson Ascher a partir da versão inglesa
de Adam Czerniawski
e da norte-americana de Magnus J. Krynski e
Robert A. Maguire]

terça-feira, janeiro 25, 2005


O Pêndulo de Foucault Posted by Hello

Destaque: O Pêndulo de Foucault - Umberto Eco

Este livro de Umberto Eco surgiu no seguimento editorial do “O Nome da Rosa”. Tive o prazer de adquirir o "O Pêndulo de Foucault" em 1991, após a leitura do livro que referi, mas essa vez foi diferente das outras, comecei a lê-lo por quatro vezes e só na quinta é que o finalizei, coisa que nunca me tinha sucedido antes. Agora vi-o em destaque numa das livrarias que frequento e na minha singela opinião é uma mais valia para a literatura.
Há quem diga que "O Pêndulo de Foucault" é um livro monótono e entediante, eu considero que não. É um livro especial e que requer particular interesse.
A meu ver supera, em muito, o "O Nome da Rosa". Num sentido de encontrar uma congruência racional da universalidade e denunciar os irracionalismos coetâneos, Umberto Eco intenta uma intencional mistificação da história secreta dos Templários, em todo um enredo que gira em torno do esoterismo e das sociedades secretas.
Esta obra contém algo de eterno, um mesclado de literatura com o estudo do comportamento humano, com passagens por Itália, Portugal, França - um começo que retorna si mesmo em Paris e que no titânico Pêndulo de Léon Foucault e no seu perpétuo movimento percorre a melancolia do saber absoluto.

E tudo começa assim:

"Foi então que vi o Pêndulo.
A esfera, móvel na extremidade de um longo fio fixado na abóbada do coro, descrevi as suas amplas oscilações com isócrona majestade…"

quinta-feira, janeiro 20, 2005

O croquete do dia

O Shrek só comeu um croquete ao almoço. Será dieta? ou apenas contenção de despesas?
Já imaginaram o Shrek sem aquela bela barriguinha?
Nãoooooooooooo.....
Após um bombardeamento de perguntas só se ouviu...Muuuuuuuu.....
Grita o Manteiguinhas lá do canto:
- Põe o som da selva.
O Alguém perguntou:
- Mas do que é que estão a falar?
E o "bixouzinho" amuou:
- Não me deixam perguntar nada.
Está bem, está bem, retorquiu o Shrek, continua lá.
Mas afinal, ele só queria umas festinhas da sua carochinha.
Quanto a mim, só tive direito a um:
- Cala-te e bebe o chá.

(Uma brincadeirinha, com muito carinho para os meus amigos.)

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Desespero

De repente senti-me perdida.
Perdida nas palavras que chocavam entre si,
que íam e vinham a uma velocidade estonteante.
E ele não parava.
Tal qual uma fonte em que a água não se esgota.
E o comboio continuava, as letras descarrilavam...
Perdi o norte por completo.
Onde estava uma bússola?
Só queria sair dali...
Já não podia mais.
E uma voz soou-me no ouvido:
-Tem calma.

(E fiquei. Felizmente sei que o N("bixo" carnivoro :D)
vai resolver tudo no sábado.)

terça-feira, janeiro 18, 2005

Novo projecto - ATULEIRUS

O esboço surgiu numa pequena incursão noctívaga, com saborosíssimas “tapas” pelo meio e como não poderia deixar de ser, muito bem regadas. Tudo isto, num ambiente que poderia lembrar a famigerada época das tertúlias portuguesas e da boémia do não menos famoso Bocage e seus amigos.
Vi este traçado surgir como uma nova aposta, assente na verdade e criado, não por um grupo mas, por um círculo de amigos que se regem por relações de amizade e respeito pelas diversas diferenças inerentes a cada um.
E agora este projecto, cujo nome foi condignamente dado de Atuleirus, tomou a sua forma no Weblog.

Viagens de METRO

Devido ao factor tempo passei a utilizar o metro como meio de transporte, desligando-me da condução diária, que nos nossos dias se tornou quase absurda, nesta selva em que as avenidas de Lisboa se tornaram.
Estas pequenas jornadas foram, aos poucos e poucos, enchendo-se de monotonia.
Dia após dia, somente consigo vislumbrar tristes olhares, rostos perdidos, pensamentos insondáveis e apesar de fragmentos de sorrisos cúmplices nem um semblante de verdadeira felicidade, nem uma sombra de júbilo.
Apenas meras presenças, meros corpos, almas díspares. Numa multiplicidade de diferenças num mesmo local.
Seremos nós, povo, mesmo assim?
Estaremos mesmo destinados a uma vida de triste fado?

sexta-feira, janeiro 14, 2005

O Percurso Diário

"Eu vou por este sol além
e ele é quotidiano até ao fim
como se até hoje ninguém
tivesse no sol e fora do sol também
morrido a morte por mim"

De: Ruy Belo em Todos os poemas (A Cidade)

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Amigos

Obrigado, a TODOS...
Adorei a surpresa.
Tanto dos que estavam presentes como daqueles que me telefonaram.
Nunca festejo o meu aniversário e desta vez deixaram-me sem palavras, amei. E fui bem "apanhada", no sentido positivo, é claro.

sexta-feira, janeiro 07, 2005


Pintura de Jorge Eiro Posted by Hello

Abstrair

Por vezes o facto de alguém se abstrair da presença de outrém vale mais que muitas palavras.

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Aparências

"Os Homens julgam, em geral, na base das aparências mais do que da substância. Pois todos têm olhos, mas poucos possuem o dom da sagacidade."

De: Nicolau Maquiavel

terça-feira, janeiro 04, 2005

A Praia (3)

A Praia - Verão 92

Manhã... ouvia-se o som das ondas a rebentarem... saímos... andámos pelo estreito caminho que ía dar à praia... ondas do mar, rochas, o sol a aparecer por entre a neblina. Era assim que todas as manhãs deviam ser...
Depois, corremos para o mar. Estava gelado, mas mesmo assim soube-nos bem. Não me consigo lembrar da última vez que me senti tão acordada. Logo a seguir corremos outra vez, mas para as toalhas para nos secarmos. Decidimos passear; o vento marítimo estava fresco mas não frio, o céu ficou mais limpo que o costume e as praias por onde passávamos estavam estranhamente desertas. Noutros dias, por aquela altura, já estariam alagadas de gente.
Sentámo-nos... começou-se a ouvir as ondas do mar a rebentar a alguns metros abaixo de nós. Por vezes ouvia as ondas - era uma sensação óptima e sempre pensava a mesma coisa que pensava sempre que me sentia assim: devia fazer aquilo mais vezes. Mas lembrava-me que aquela poderia ser a última e ainda me sabia melhor... continuei a olhar a rebentação...
Almoço... sim, a fome tinha chegado... levantámo-nos e decidimos ir almoçar numa daquelas esplanadas da praia, construídas para que as pessoas possam sair da praia e admirar a paisagem enquanto comem. Existia uma variante, aquelas esplanadas onde paravam os surfs a ouvir sting e a comer cachorros quentes ou hambúrgueres, ao mesmo tempo que bebiam uma cola.
Voltámos em direcção ao ponto de partida... andávamos na passadeira da praia, desta vez, já por entre a multidão - por aqui - disse-me ela dirigindo-se a uma das esplanadas da praia. Eu voltei-me, por momentos, para observar o tipo de pessoas que passeavam na passadeira. Quando voltei a olhar para a minha amiga... ali estava ela, a chatear-se de morte com um surfista...
Enquanto comia o meu hambúrguer olhava para o sol, para o mar, ouvia a música... claro, a esplanada tinha música... e observava as ondas a rebentarem nas rochas.
...nada era mais perfeito...
Tarde...os cabelos voavam suavemente com a brisa marítima, o sol descrevia o ângulo perfeito das três da tarde que se reflectia no rebentar das ondas. Passeámos ao longo da praia e durante bastante tempo nenhuma de nós disse nada. Viam-se somente as ondas, a fazerem barulho de ondas.
O sol já se tinha posto, e as ondas do lusco-fusco vinham pequenas e em série. Ficámos à espera da onda certa...
Estáva frio, e voltámos para casa...
Noite... decidimos ir até à vila beber qualquer coisa... tomámos o caminho da praia... o ar da meia noite estáva fresco e o céu estáva limpo... olhei para o mar e para uma lua perfeitamente cheia, enquanto os meus ouvidos se enchiam com o ritmo das ondas. Tentei concentrar-me no mar. O maior corpo de água do mundo inteiro, ao mesmo tempo beleza e terror... juntos. Limitei-me a ver o luar... as ondas rebentavam a uns dois metros atrás de nós... a maré estava cheia... lua... oceano...
E ao longe os nossos amigos já assinalavam a sua presença na esplanada do bar... acenando.


Fidji Posted by Hello

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Republicação

Vou aqui republicar um dos posts que me deu imensa satisfação fazer, aquando da minha participação em outro blog:

Cristianismo

As ciências, que quase estagnaram na Antiguidade receberam do Cristianismo um impulso acelarador que apressou a derrocada do velho mundo.
O Cristianismo tornou-se sentimento ao associar-se aos movimentos da alma, luz ao misturar-se com as faculdades intelectuais e onde este se apagou, a servidão e a ignorância reapareceram. Quase se poderá dizer que a temível definição da escravatura que foi apagada do código romano: "Non tam viles quam multi sunt" voltou a resurgir, de diferentes formas, em várias sociedades que o rejeitaram.
Ele que começou por renovar a face do mundo, que desfavoreceu a opressão e que fez com que a escravidão deixasse de ser o direito comum das nações, vê agora transformarem-se as sociedades a que deu vida. Sociedades estas que nos servem como grelhas de leitura para a compreensão da história e das suas convulsões.
O Cristianismo devendo ser um vector orientado para uma realização final e tentando situar a marcha da humanidade, numa dinâmica ascencional em ordem à perfectabilidade, depara-se agora com a expectativa de grandes mutações previstas pelos movimentos revolucionários existentes.
A obnubilação nos espíritos da noção de "Cristianismo" leva a que o progresso, que deveria ser um avanço para melhor, uma representação de um tempo criador e de uma temporalidade não cíclica se transforme, agora, numa regressão à negação da liberdade. Então em que base sólida poderemos assentar os direitos humanos? Se não nos consideramos nem bons nem maus, inteligentes ou estúpidos, a única resposta possível é a de que o Homem é um sujeito dotado de dignidade própria, cuja vida tem um sentido.
Sentido esse que lhe foi dado pela evolução biológica, que se transcendeu a si própria fornecendo a seres conscientes de si próprios a base material dessa evolução - o cérebro humano.
A nossa verdadeira natureza consiste, assim, em procurarmos a esperança e sentido no optimismo, desde que rodeado de lucidez.
A Humanidade inteira tem uma vocação, e cada um de nós é chamado a um destino, é esse o âmbito do Cristianismo e a convicção de todos quantos acreditam que a evolução tem um sentido e que a história humana não é um absurdo nem um ciclo monótono de repetições.